Diretoras do Sindebeleza participaram do Seminário “Enfrentando o desemprego – desafios da luta sindical”, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no dia 24 de maio.
O objetivo do seminário foi reunir os representantes das centrais sindicais para aprofundar a análise sobre o desemprego no país, identificando as principais características e tendências do problema, além de mapear políticas e programas visando à recuperação de postos de trabalho.
Em decorrência da grande recessão econômica que o país vem enfrentando nos últimos anos e com as decorrentes quedas no Produto Interno Bruto (PIB) e aumentos contínuos das taxas de juros, o desemprego foi aumentando consideravelmente e, hoje, atingiu um dos maiores índices, uma realidade cruel para os trabalhadores.
Segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, para que esse cenário comece a melhorar seriam necessárias várias medidas como o aumento da capacidade produtiva dos principais setores que aquecem a economia, novos investimentos do Governo, diminuição de juros, abertura de créditos, incentivo ao consumo interno e criação de políticas públicas de proteção e ampliação dos empregos.
Além disso, as centrais sindicais precisam se mobilizar e se organizar para uma atuação junto ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, no Conselho Curador do FGTS e no Conselho de Administração do BNDES, todos com representação dos trabalhadores, buscando medidas e alternativas imediatas para essa situação.
O Dieese também propôs levar esse debate para todas as regiões, realizar oficinais setoriais, inclusive, abrindo novos diálogos com o setor empresarial e criar uma agenda de propostas direcionadas para o âmbito municipal, estadual e federal que possam ajudar no enfrentamento do desemprego.
“Nós, do movimento sindical, estamos empenhados em buscar soluções e alternativas para a questão do desemprego, mas é necessário que o Governo e o setor empresarial participem dessas discussões e também se mostrem comprometidos em mudar essa realidade, o que não será uma tarefa fácil e nem de curto prazo”, afirmou Maria Hellmeister, presidente do Sindebeleza.