Nesta segunda-feira, 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, uma data que serve para discutir a igualdade de direitos e o respeito à orientação sexual de cada ser humano. O setor de Beleza entende que a diversidade sexual deve ser discutida e promovida, por isso, o SindeBeleza (sindicato que representa profissionais da Beleza na cidade de São Paulo) colocou em sua última Convenção Coletiva de Trabalho (2021/2023), cláusula 9ª, o “direito à igualdade”, obrigando empresas a respeitar seus funcionários independentemente de orientação sexual, dando oportunidade igualitária de emprego a todas as pessoas.
Dentro do documento, que começa a valer em setembro deste ano, o sindicato ressalta “como princípios de não discriminação e igualdade de tratamento por razões de sexo, estado civil, idade, origem racial ou étnica, condição social, religião ou convicções, ideias políticas, orientação sexual, identidade de gênero, diversidade funcional e filiação ou não a um sindicato”.
Para Maria dos Anjos Hellmeister, presidente do SindeBeleza, a pauta do respeito à diversidade é essencial na sociedade atual. “Essa foi uma proposta que fizemos dentro da discussão da convenção coletiva e levamos ao setor patronal, que concordou em acrescentar este item. Agora temos um importante instrumento de combate ao preconceito nas mãos, com uma cláusula específica que pode ser usada em processos judiciais e dá ao trabalhador e à trabalhadora da Beleza mais poder para se defender da intolerância”, explica a dirigente.
Oportunidades iguais
Dentro do documento, as empresas e os sindicatos se comprometem a promover a igualdade de tratamento e de oportunidades dentro dos estabelecimentos de Beleza. “As empresas e os sindicatos se comprometem a promover a igualdade de tratamento e oportunidades no emprego para responder, tanto a diversidade do mercado de trabalho, como para maximizar o impacto e os benefícios existentes nas empresas, a presença de fabricas heterogêneas em términos de sexo, idade, orientação sexual, identidade de gênero, nacionalidade, origem étnico-racial e convicções religiosas”, diz o texto.
Maria dos Anjos explica que não é só uma questão de respeitar o próximo, mas de colocar a discussão em pauta. “Uma sociedade que quer evoluir não pode aceitar que pessoas sejam discriminadas de forma alguma. A intolerância, seja ela qual for, mostra um retrocesso que não podemos e não iremos aceitar”, reforça a sindicalista.